quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Já é quase Natal


Já é quase véspera de Natal.
O ano voou. Como é de costume.
Mais um Natal longe de casa. Um Natal sem a tradição das rabanadas em família. Sem o bacalhau da minha mãe. Sem a minha avó reclamando de tudo e querendo comer às 9h da noite. Sem especial da Globo na televisão. Sem o calor insuportável do verão no Rio de Janeiro.
Sinto saudade. E tento fugir do Natal. Mas é impossível fugir do Natal em Londres. Vou ao supermercado e ouço músicas de Natal. Vou passear e vejo luzes de Natal. Meus amigos, estrangeiros em sua maioria, conseguiram embarcar apesar da neve e estão felicíssimos com as suas famílias. E eu fiquei aqui.
Queria poder compartilhar esse Natal de inverno com a minha família. Queria mostrar o Harrod’s iluminado, queria levá-los para fazer compras em Oxford Street, queria apresentá-los ao mundo mágico de Winter Wonderland, queria fazer um boneco de neve, queria montar uma árvore bem bonita, queria comprar um gorro com orelhinhas de urso para o meu sobrinho, queria levar minha irmã para patinar no gelo, queria comprar crackers, queria mostrar como Londres fica linda e encantadora, apesar do frio…
Mas só quero que eles saibam que eu pensarei muito neles neste dia. E que a saudade às vezes é cruel. E que não se pode ter tudo. E que a vida prega essas peças em nós. Mas que isso tudo só nos fortalece.

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