quinta-feira, 26 de maio de 2011

Até onde vai a tua liberdade de expressão?


No Brasil, eu era taxada de politicamente correta. Agora, no meio dos meus amigos portugueses, sou, digamos, a “prafrentex”. Mas não pertenço a nenhum dos dois grupos.
Para começar, acho que o termo “politicamente correto” adquiriu uma conotação muito negativa nos últimos anos. Foi para o limbo. Afinal, o que vem a ser “politicamente correto”? Se ser politicamente correto é ficar em cima do muro, eu definitivamente não sou. Mas acho que em nome de uma suposta liberdade de expressão acima de tudo e de todos, as pessoas estão ultrapassando o direito do outro.
E sim, eu sou contra a adolescente paulista que ofendeu os nordestinos no twitter de forma preconceituosa. Sim, sou contra o Ed Motta, que, a meu ver, mostrou-se um verdadeiro babaca. Sim, sou a contra a bancada evangélica que boicotou o “kit gay”. Minha opinião é clara. E não é politicamente correta, deveria ser o senso comum. Porque defender essas barbaridades não é liberdade de expressão, é preconceito, homofobia e ignorância.
Sinceramente, acho que está tudo trocado. Por quê essa paixonite enlouquecida na internet pela “Banda mais bonita da cidade”? Não é nada pessoal, a música até que é bonitinha. Mas onde está a nossa juventude? Aquela paixão visceral? Hormônios por todo o lado… Onde está o rock’n roll? Cansei… Sinceramente, começo a sentir falta do Ultraje a Rigor cantando “Eu quero sexo”. Sem nenhum pudor. Porque os jovens podem quase tudo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Londres é a "terra prometida"?

No atual contexto de crise que a Europa atravessa, Londres aparenta ser a solução de todos os problemas para os jovens europeus, principalmente, espanhóis, italianos e, é claro, portugueses também. Ao andar pelas ruas, o que mais se ouve são línguas latinas, pessoas a tentar ganhar o tão suado “pão nosso de cada dia”, e tudo parece estar cada vez mais complicado. Parece não haver luz no fim do túnel.
Só para se ter uma ideia, o desemprego entre os jovens espanhóis está na faixa dos 45%! Em Portugal, a situação não é diferente, com 23% dos jovens no desemprego. Na Itália, a taxa fica na faixa dos 44%. E a pergunta que não quer calar é: onde isso vai parar?
Quem duvidava do poder das redes sociais já pode dar o braço a torcer, pois manifestações que tiveram início na Internet estão a tomar as ruas. Em Portugal, os jovens autointitulam-se “geração à rasca”, a Puerta del Sol, em Madri, virou acampamento de pessoas de todas as idades, e, quem afirmava veementemente que esta geração não era politizada já enfiou a viola no saco.
E onde fica Londres nisso tudo? Com a União Europeia e o livre-trânsito de pessoas entre os países membros, a cidade está inundada de jovens europeus. E o governo inglês já começa a pensar em controlar a entrada de pessoas dos países comuns. É aproveitar enquanto é tempo. Digo o mesmo com meu passaporte português.
Uma coisa é fato: nada permanecerá como está.
E Viva la Revolución!