segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pra que tanta pressa?


Londres às vezes me engole. Não sei se é a claustrofobia do underground ou se é a Oxford Street apinhada de gente ou até mesmo quem sabe os indianos a repetir “Evening Standard” como se fosse um mantra quando distribuem o jornal e nem olham para a nossa cara. Podem ser também os supermercados que vendem massa já cozida e frutas descascadas ou então as mulheres que passam maquiagem no metrô ou, acho que agora acertei, é o batalhão de pessoas com seus copos de papel do Starbucks ou do Pret a Manger a caminho do trabalho.
Mas existe razão para tanto alarde? Não sei dizer, mas a pressa? Esta absorvemos por osmose. Sinto que, com o passar dos dias, assumo, cada vez mais, o ritmo imposto pela cidade. Já penso que não tenho tempo para pintar as unhas nem para arrumar o quarto, a vontade de cozinhar é nula, já me irrito com os turistas que ficam plantados e ocupam todo o espaço na escada rolante e com os empregados de mesa que demoram mais de dois minutos para me atender no balcão.
O tempo aqui passa muito depressa…